Acho mais do que justo falar de mim mesmo,
Aproveitar este momento e mostrar minha indignação:
Quero emancipação!
Poder viver neste mundo livremente!
E não depender da inspiração do poeta
Pra poder existir
Quero amar, sofrer, viver, ser livre
E não apenas fingir
O que o poeta diz sentir
Pois ele não sente nada
Sou sempre eu que faço o trabalho sujo
O poeta faz de mim o que quer
Me arranja amores, me empurra dissabores
Me expõe ao ridículo
Me encarcera em métricas perfeitas
Me obriga a rimar quando eu não tô a fim!
O que será dele sem mim?
Era uma vez o poeta...
Nenhum comentário:
Postar um comentário