Sinto-me envolto por uma névoa espessa
A escuridão me apavora
E a insegurança tem-me em seus braços
Não sei por que estou aqui novamente
Revivendo esta cena grotesca
Será meu fim que se aproxima
E esta a visão do inferno?
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Plano B
Pra mim é tão óbvio!
Você não se importa com o que eu sinto
E é por isso que eu minto
Você é tão inocente
Que nem percebe
Que o nosso amor só parece
Mas não é!
As aparências enganam
Os amantes fingem que amam
Mas todos já devem saber
O que eu realmente sinto por você
Poderíamos terminar tudo
Mas não me parece conveniente
Ou continuaríamos tentando enganar o mundo
E nos fingir de contentes
Por que não se importa comigo
Se é tão evidente o meu sofrer?
Eu vou fingir estar tudo bem
E pros braços de outra correr
Você não se importa com o que eu sinto
E é por isso que eu minto
Você é tão inocente
Que nem percebe
Que o nosso amor só parece
Mas não é!
As aparências enganam
Os amantes fingem que amam
Mas todos já devem saber
O que eu realmente sinto por você
Poderíamos terminar tudo
Mas não me parece conveniente
Ou continuaríamos tentando enganar o mundo
E nos fingir de contentes
Por que não se importa comigo
Se é tão evidente o meu sofrer?
Eu vou fingir estar tudo bem
E pros braços de outra correr
:-D
Quero pintar um sorriso no rosto teu
Quero acreditar que a razão do teu riso sou eu
Serás como anjo abrindo as portas do céu
E eu, com meus versos, o teu menestrel
Quero você sorrindo espontaneamente
Sorriso aberto, mostrando os dentes
Sorria e faça teu sorriso ser a razão do meu sorrir
P.S. : Dedicada a L. Letra
Quero acreditar que a razão do teu riso sou eu
Serás como anjo abrindo as portas do céu
E eu, com meus versos, o teu menestrel
Quero você sorrindo espontaneamente
Sorriso aberto, mostrando os dentes
Sorria e faça teu sorriso ser a razão do meu sorrir
P.S. : Dedicada a L. Letra
Universo Distante
Transporte-me para outras dimensões
A anos-luz daqui
Eu necessito de novas opções
Contemplar outras constelações
Mas,neste instante, só o que eu quero é sumir!
A anos-luz daqui
Eu necessito de novas opções
Contemplar outras constelações
Mas,neste instante, só o que eu quero é sumir!
Morfínico
Esta dor é latente
Tu estás pondo-me doente
Os sintomas não estão aparentes
Mas de cuidados estou carente
Vem com teu beijo anestesiar-me!
Tu estás pondo-me doente
Os sintomas não estão aparentes
Mas de cuidados estou carente
Vem com teu beijo anestesiar-me!
sábado, 28 de abril de 2012
Viúva-Negra
Não me olhes assim
Sabes o quanto sou libidinosa
O quanto me entrego ao prazer da carne
E essas tuas carnes abrem-me o apetite
Despertam meu instinto canibal
Tornam-me uma besta irracional
Sedenta de gozo
Pões-me a salivar lascivamente
Desejando cada célula do teu corpo
Viva ou morta
Não podes resistir, pois sei que tu me queres
E teus lábios adoram saborear-me
Meus palpos já estão prontos para agarrar-te
E minhas presas em vias de dilacerar-te
Sabes o quanto sou libidinosa
O quanto me entrego ao prazer da carne
E essas tuas carnes abrem-me o apetite
Despertam meu instinto canibal
Tornam-me uma besta irracional
Sedenta de gozo
Pões-me a salivar lascivamente
Desejando cada célula do teu corpo
Viva ou morta
Não podes resistir, pois sei que tu me queres
E teus lábios adoram saborear-me
Meus palpos já estão prontos para agarrar-te
E minhas presas em vias de dilacerar-te
Mal-Me-Quer
Quando eu tocar na tua mão
Sinta o clamor do meu coração
Que te chama
Que te quer
Que não enxerga razão
Nem um motivo sequer
Mas que imerge na ilusão
De um conto de fadas qualquer
Só por crer ser a solução
Se,acaso, você mal me quiser
Sinta o clamor do meu coração
Que te chama
Que te quer
Que não enxerga razão
Nem um motivo sequer
Mas que imerge na ilusão
De um conto de fadas qualquer
Só por crer ser a solução
Se,acaso, você mal me quiser
Sobre o Morrer de Amor
Eu morreria de amor por você
Se isso não me levasse de fato a morrer
E, quem sabe, perder
A única vida que tenho pra viver
E te amar
Se isso não me levasse de fato a morrer
E, quem sabe, perder
A única vida que tenho pra viver
E te amar
terça-feira, 24 de abril de 2012
Aula Particular
Quando tá escuro em nosso quarto
O que se vê na nossa cama?
Dois corpos se atritando
E fosforescendo
Numa química perfeita
Os elétrons de nossos átomos vão se excitando
E em nosso amor vão reagindo
E um novo composto vai surgindo
Numa mistura HOMOgênea
Na qual eu e você somos visíveis a olho
Nus
O que se vê na nossa cama?
Dois corpos se atritando
E fosforescendo
Numa química perfeita
Os elétrons de nossos átomos vão se excitando
E em nosso amor vão reagindo
E um novo composto vai surgindo
Numa mistura HOMOgênea
Na qual eu e você somos visíveis a olho
Nus
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Buraco Negro
Embora fosse meu querer
Não há como escapar de ti
Tens um poder de atração sem igual
És horizonte de eventos sem volta
Meu espaço-tempo deformado
Não há como escapar de ti
Tens um poder de atração sem igual
És horizonte de eventos sem volta
Meu espaço-tempo deformado
Alma Lacrimosa
Tu não podes ver as minhas lágrimas
Porque eu as escondo de ti
São gotas de sangue
Oriundas de um coração ferido
Porque eu as escondo de ti
São gotas de sangue
Oriundas de um coração ferido
domingo, 22 de abril de 2012
Sangria
Sinto fraqueza
Sinto sede
Sinto frio
Sinto que algo dentro de mim se partiu
Aos poucos vou ficando inconsciente
Vou caindo lentamente
Com tremores e arrepios
A pulsação aumenta
A respiração o meu fôlego afugenta
E a cada instante é mais lenta
Até que, num relance, as luzes se apagam
E não vejo e nem sinto mais nada
Sinto sede
Sinto frio
Sinto que algo dentro de mim se partiu
Aos poucos vou ficando inconsciente
Vou caindo lentamente
Com tremores e arrepios
A pulsação aumenta
A respiração o meu fôlego afugenta
E a cada instante é mais lenta
Até que, num relance, as luzes se apagam
E não vejo e nem sinto mais nada
Terminal
Chegou a hora de atravessar para o outro lado
Me desprender das coisas daqui e partir
Não sei ao certo pra onde
Se a pé ou de bonde
Só sei que é pra longe
Quando partir pra lá
Posso não mais voltar
Farei quem me ama chorar
Mas o que se pode fazer?
Não é assim que tem que ser?
Me desprender das coisas daqui e partir
Não sei ao certo pra onde
Se a pé ou de bonde
Só sei que é pra longe
Quando partir pra lá
Posso não mais voltar
Farei quem me ama chorar
Mas o que se pode fazer?
Não é assim que tem que ser?
sábado, 21 de abril de 2012
Odaxelagnia
Eu vou comer você
Te dar cada mordida
Arrancar cada pedaço
Entre lambidas e amassos
Te tirar o ar
Fazer gemer sem parar
E sangrar
E morder
E comer
E gozar
Te dar cada mordida
Arrancar cada pedaço
Entre lambidas e amassos
Te tirar o ar
Fazer gemer sem parar
E sangrar
E morder
E comer
E gozar
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Fugazcidade
O tempo parece escasso
Há tanta coisa a fazer
Andando nas ruas do espaço
Não tenho mais vida a perder
Há tanta coisa a fazer
Andando nas ruas do espaço
Não tenho mais vida a perder
Transpiração
Tua voracidade me excita
Sabes que adoro cada beijo
Cada infame desejo
Que em meu corpo suscitas
O teu corpo perfeito
Que em meu leito aproveito
Nesse calor é liquefeito
E vai virando suor
O enlace é desfeito
E em meu colo eu te deito
Após ter te satisfeito
Não há nada melhor
Sabes que adoro cada beijo
Cada infame desejo
Que em meu corpo suscitas
O teu corpo perfeito
Que em meu leito aproveito
Nesse calor é liquefeito
E vai virando suor
O enlace é desfeito
E em meu colo eu te deito
Após ter te satisfeito
Não há nada melhor
quinta-feira, 19 de abril de 2012
SelvaGens
O gentio virou gente
A nudez virou vergonha
O verde virou cinza
O caule virou concreto
O rio virou asfalto
Tupã virou Deus
A selva continua...
A nudez virou vergonha
O verde virou cinza
O caule virou concreto
O rio virou asfalto
Tupã virou Deus
A selva continua...
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Devaneio...Nº04
Eu escolhi você
Mas por quê?
Só queria entender
Se bem que isso não faria diferença
Não diminuiria minha querência
Apenas justificaria o meu sofrer
Mas por quê?
Só queria entender
Se bem que isso não faria diferença
Não diminuiria minha querência
Apenas justificaria o meu sofrer
Flor da Beira
Naquela noite de sexta-feira
Fui ter contigo na Beira
E me esperavas faceira
Como se fosse a primeira vez
Admirando-te inteira
Tramando mil brincadeiras
Fui alimentando a fogueira
Que em ti eu via arder
Desabrochaste como rosa
Fina flor,frágil e dengosa
Que a cabocla no rio pariu
E para o meu prazer hoje negocio
Tolo é quem se deixa levar
Pelo teu desabrochar
Pureza aparente
Luxúria latente
terça-feira, 17 de abril de 2012
MultiVersos
Quantos eus há em mim
Habitando em outras dimensões
Alimentados com minhas emoções
Mergulhados em minhas frustrações?
São vários, são infinitos
São universos distintos
Num multiverso irrestrito
Habitando em outras dimensões
Alimentados com minhas emoções
Mergulhados em minhas frustrações?
São vários, são infinitos
São universos distintos
Num multiverso irrestrito
Cardiopatia
A dor que há em mim
Que me consome a cada dia
Que nos traços de nanquim
A minha pena anestesia
É uma dor que não tem fim
É o estopim da minh’agonia
Que me consome a cada dia
Que nos traços de nanquim
A minha pena anestesia
É uma dor que não tem fim
É o estopim da minh’agonia
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Polissemia
Se não fizer sentido pra ti
Fará pra mim
Porque surgiu de mim
Não quero te dizer como entender
Não usarei palavras pra descrever
Vou te deixar livre pra interpretar
Pois nada está acabado
Apenas está colocado
Resta a ti significar
domingo, 15 de abril de 2012
Anexos
Eu te vejo e você me vê
E nos unimos num amplexo
E na cama vamos estabelecer
A união do côncavo e do convexo
E nos unimos num amplexo
E na cama vamos estabelecer
A união do côncavo e do convexo
Nicotina
Escolhi morrer aos poucos
Sufocando-me com teu veneno
Consumindo-te feito louco
Em meu peito eu te armazeno
A cada trago a morte se aproxima
E, na boca, há um gosto amargo
Que no sopro cinza eu propago
Sufocando-me com teu veneno
Consumindo-te feito louco
Em meu peito eu te armazeno
A cada trago a morte se aproxima
E, na boca, há um gosto amargo
Que no sopro cinza eu propago
Pena & Pergaminho
Com a pena na mão
Me distancio do chão
E neste pergaminho
Vou descobrindo o meu caminho
Pra onde estou indo agora?
Me distancio do chão
E neste pergaminho
Vou descobrindo o meu caminho
Pra onde estou indo agora?
sábado, 14 de abril de 2012
Chuva de Amor sem Fim
Gosto de sentir as gotas deste amor que chove em mim
Amor que é tempestade e, às vezes, calmaria
Esta chuva que lava as minhas tristezas
E faz brotar em mim a alegria
Que molha o meu jardim
Que parece não ter fim...
Amor que é tempestade e, às vezes, calmaria
Esta chuva que lava as minhas tristezas
E faz brotar em mim a alegria
Que molha o meu jardim
Que parece não ter fim...
Sóis
Não quero ser como o Sol e nunca quis
Não preciso estar no centro pra me sentir feliz
Não quero ninguém traçando sua órbita ao meu redor
Apenas refletindo e não irradiando luz por si só
O que eu quero é ver todos estrelas anãs
Fulgurando vida em todas as manhãs
Não preciso estar no centro pra me sentir feliz
Não quero ninguém traçando sua órbita ao meu redor
Apenas refletindo e não irradiando luz por si só
O que eu quero é ver todos estrelas anãs
Fulgurando vida em todas as manhãs
Melhor é Amar
Por que condenas minha forma de amar
Se sequer és capaz de enxergar
Que condenável mesmo é não amar?
Se sequer és capaz de enxergar
Que condenável mesmo é não amar?
Leitura Labial
Meu coração pulsa
E em cada batida expulsa
Palavras que não fazem sentido pra ti
Resta a mim te beijar
E com meus lábios te explicar
E em cada batida expulsa
Palavras que não fazem sentido pra ti
Resta a mim te beijar
E com meus lábios te explicar
Comcisão
Era grande
E aqui não ia caber
Com precisão cirúrgica
Cortei o que não me era essencial
E agora podes ver o que sobrou
E aqui não ia caber
Com precisão cirúrgica
Cortei o que não me era essencial
E agora podes ver o que sobrou
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Sexta 13
Um dia como outro qualquer
Mas há quem diga que não é
O que há de errado com o dia 13 do mês
quando cai no dia da semana 6?
Quem vê como um dia sorte
se mantém forte
E uma outra porcentagem
em que se ausenta a coragem,
tudo parece visagem.
Medo pra quê?
Pra que superstição?
Pois outras sextas como esta virão
Mas se vir um gato preto, mude de direção!
Mas há quem diga que não é
O que há de errado com o dia 13 do mês
quando cai no dia da semana 6?
Quem vê como um dia sorte
se mantém forte
E uma outra porcentagem
em que se ausenta a coragem,
tudo parece visagem.
Medo pra quê?
Pra que superstição?
Pois outras sextas como esta virão
Mas se vir um gato preto, mude de direção!
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Despedida
Um ciclo se encerra em minha vida
É mais um momento de despedida
Mais uma batalha por mim foi vencida
Mas chegou o momento da ida
Não esquecerei o que aqui vivi
Os laços de amizade que estabeleci
Sinto, mas devo partir...
É mais um momento de despedida
Mais uma batalha por mim foi vencida
Mas chegou o momento da ida
Não esquecerei o que aqui vivi
Os laços de amizade que estabeleci
Sinto, mas devo partir...
Vaidade Castigada
Olho no espelho e não me vejo
Oh, maldita maldição que me aprisiona!
Castigo para um ser tão vaidoso como eu
Trocaria a imortalidade
para poder contemplar a minha vaidade
Oh, maldita maldição que me aprisiona!
Castigo para um ser tão vaidoso como eu
Trocaria a imortalidade
para poder contemplar a minha vaidade
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Chuva de Verão
A chuva começa a cair repentinamente
E eu adoro quando isso acontece
Sem mais nem menos, começa a chover
Pegando todo mundo de supetão
Só eu que não!
De certa forma eu pressentia o sublime momento
E isso me enchia de contentamento...
Contemplo as gotas caindo em mim
Tocando-me suavemente
Mas cessam de repente,
não mais que de repente...
E eu adoro quando isso acontece
Sem mais nem menos, começa a chover
Pegando todo mundo de supetão
Só eu que não!
De certa forma eu pressentia o sublime momento
E isso me enchia de contentamento...
Contemplo as gotas caindo em mim
Tocando-me suavemente
Mas cessam de repente,
não mais que de repente...
Nostalgia Proposta
Eu canto o Amor
E nestes versos vou propor
Um apelo à nostalgia
De uma paixão fui co-autor
Experimentei aquela dor
Que só quem ama vivencia
Nos lábios senti o esplendor
que brotava em teu interior
e o meu corpo todo envolvia
Num infame dia, tudo acabou!
Mas em mim ainda restou
Um pouco de fantasia
E nestes versos vou propor
Um apelo à nostalgia
De uma paixão fui co-autor
Experimentei aquela dor
Que só quem ama vivencia
Nos lábios senti o esplendor
que brotava em teu interior
e o meu corpo todo envolvia
Num infame dia, tudo acabou!
Mas em mim ainda restou
Um pouco de fantasia
terça-feira, 10 de abril de 2012
O Abismo
Entristece-me saber que não mais vou te ver
Sinto como se uma parte de mim houvesse sido extirpada
É um vazio me consumindo internamente,
Tirando-me a vontade de viver,
Roubando-me os motivos para sorrir...
Os dias são como noites sem fim
e tudo isso por estares tão longe de mim.
Se ao menos eu pudesse te ver
e os teus lábios pudesse beijar,
mas não há como!
Estás lá e eu cá
e há um abismo que nos separa.
Agora pertencemos a universos diferentes...
Sinto como se uma parte de mim houvesse sido extirpada
É um vazio me consumindo internamente,
Tirando-me a vontade de viver,
Roubando-me os motivos para sorrir...
Os dias são como noites sem fim
e tudo isso por estares tão longe de mim.
Se ao menos eu pudesse te ver
e os teus lábios pudesse beijar,
mas não há como!
Estás lá e eu cá
e há um abismo que nos separa.
Agora pertencemos a universos diferentes...
O Invisível
Eu tinha medo de dizer
Mas nunca de te demonstrar
Pois era fácil perceber
Que eu só queria te amar
Em cada gesto, em cada olhar
Era impossível disfarçar
Era evidente o meu querer
A minha ânsia em te tocar
Mas só que passo invisível por ti
Como se nem mesmo existisse
Apenas uma sombra a te seguir...
Mas nunca de te demonstrar
Pois era fácil perceber
Que eu só queria te amar
Em cada gesto, em cada olhar
Era impossível disfarçar
Era evidente o meu querer
A minha ânsia em te tocar
Mas só que passo invisível por ti
Como se nem mesmo existisse
Apenas uma sombra a te seguir...
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Devaneio...Nº03
Beijei-te e o universo pareceu conspirar a nosso favor
O tempo parou ou não houvesse mais tempo nem espaço para o nosso amor
Beijamo-nos num encaixe perfeito...
Ouvi sinos e senti frio na barriga,
Parece coisa de apaixonado.
Mais que um encontro de bocas,
foi um encontro de almas que se procuravam de outras vidas
e, naquele momento, entrelaçavam-se,
confundiam-se,
amavam-se...
O tempo parou ou não houvesse mais tempo nem espaço para o nosso amor
Beijamo-nos num encaixe perfeito...
Ouvi sinos e senti frio na barriga,
Parece coisa de apaixonado.
Mais que um encontro de bocas,
foi um encontro de almas que se procuravam de outras vidas
e, naquele momento, entrelaçavam-se,
confundiam-se,
amavam-se...
domingo, 8 de abril de 2012
A Passagem
Estou aqui
Logo estarei ali
Do outro lado da vida
Aguardando a minha partida
Só com o bilhete de ida
Após uma lida sofrida
A minha alma se encontra perdida
O que me espera por lá?
Se me for permitido voltar
Prometo vir aqui te contar
Logo estarei ali
Do outro lado da vida
Aguardando a minha partida
Só com o bilhete de ida
Após uma lida sofrida
A minha alma se encontra perdida
O que me espera por lá?
Se me for permitido voltar
Prometo vir aqui te contar
O Drama de um Pronome Oblíquo
Mim não deveria amar você
Sou apenas um pronome oblíquo
Que não poder ser sujeito na sua vida
Sou apenas um pronome oblíquo
Que não poder ser sujeito na sua vida
A Pior Parte do Fim
É preciso recomeçar!
Não de onde parei,
mas de onde eu nunca comecei.
Talvez tudo seja diferente (ou não).
Talvez eu encontre o que procure (ou não).
Eu vou recomeçar!
Os meus erros não foram em vão
e tenho certeza que não serão!
Vou manter-me firme,
Com as rédeas na mão.
Vou achar o meu rumo
em qualquer direção.
Não de onde parei,
mas de onde eu nunca comecei.
Talvez tudo seja diferente (ou não).
Talvez eu encontre o que procure (ou não).
Eu vou recomeçar!
Os meus erros não foram em vão
e tenho certeza que não serão!
Vou manter-me firme,
Com as rédeas na mão.
Vou achar o meu rumo
em qualquer direção.
Agora é Dor
De que valeu tudo o que sofri
Tudo o que desisti?
Se agora percebo que sequer
Você me quer?
Teus beijos eram intensos
O amor imenso
Mas tudo isso acabou
E o nada é o que restou
A promessa que te fiz
Te fazer feliz
No delírio de amor
Que agora é dor
Se partiu em pedaços
Deixando em mim espaços
A serem preenchidos por um outro amor
Tudo o que desisti?
Se agora percebo que sequer
Você me quer?
Teus beijos eram intensos
O amor imenso
Mas tudo isso acabou
E o nada é o que restou
A promessa que te fiz
Te fazer feliz
No delírio de amor
Que agora é dor
Se partiu em pedaços
Deixando em mim espaços
A serem preenchidos por um outro amor
Dilema
Tuas carícias atravessam-me a pele
E chegam ao meu coração
Que deseja que tua boca revele
O que há por trás da atração
Será o fogo eterno do amor?
Ou a chama traiçoeira da paixão?
E chegam ao meu coração
Que deseja que tua boca revele
O que há por trás da atração
Será o fogo eterno do amor?
Ou a chama traiçoeira da paixão?
Body Aflame
There’s a fire
Inside of me
A fire
That never ends
This fire
Is burning me
A desire
That I don’t understand
Inside of me
A fire
That never ends
This fire
Is burning me
A desire
That I don’t understand
Jantar a Dois
Já está tudo preparado! Vamos comer?
Que o meu quarto aqui ao lado espera você
Aqui na mesa vamos saborear o que fiz pra nós dois
Me dá água na boca imaginar o que é que tem pra depois
Não se acanhe, pode se servir! Tome do vinho que comprei
Quer uma rosa? Venha aqui que outras coisas te darei
Vem sem pressa pro meu quarto
Quero em meus lábios te provar
Que são só mais alguns passos
E muitos amassos até lá
Vem sem medo continuar
O que começamos na mesa
Vem minha gula saciar
Vou te devorar minha presa
Pra que tantas preliminares?
Vamos logo ao que interessa!
Vou te possuir como as vulgares
E não há nada que me impeça
Valerá a pena o que gastei
Só pra te levar pra minha cama?
Se igual a ti outras terei
Seja puta, pura ou dama
Que o meu quarto aqui ao lado espera você
Aqui na mesa vamos saborear o que fiz pra nós dois
Me dá água na boca imaginar o que é que tem pra depois
Não se acanhe, pode se servir! Tome do vinho que comprei
Quer uma rosa? Venha aqui que outras coisas te darei
Vem sem pressa pro meu quarto
Quero em meus lábios te provar
Que são só mais alguns passos
E muitos amassos até lá
Vem sem medo continuar
O que começamos na mesa
Vem minha gula saciar
Vou te devorar minha presa
Pra que tantas preliminares?
Vamos logo ao que interessa!
Vou te possuir como as vulgares
E não há nada que me impeça
Valerá a pena o que gastei
Só pra te levar pra minha cama?
Se igual a ti outras terei
Seja puta, pura ou dama
Grito sem Voz
Minha casa é a rua
Minha cama é o chão
Não vivo assim porque quero
Mas por falta de opção
Minha comida é o vento
Com os restos me contento
Do que adianta eu gritar
Se ninguém vai me escutar?
Vivo num submundo
De miséria, de pobreza
Vivo sujo, vivo inundo
Eis minha grande proeza
Minha cama é o chão
Não vivo assim porque quero
Mas por falta de opção
Minha comida é o vento
Com os restos me contento
Do que adianta eu gritar
Se ninguém vai me escutar?
Vivo num submundo
De miséria, de pobreza
Vivo sujo, vivo inundo
Eis minha grande proeza
Fogueira à Beira do Mar
É noite de lua cheia
Noite perfeita pra gente se amar
No frio da noite o teu corpo incendeia
Possuído na areia
À beira do mar
Noite perfeita pra gente se amar
No frio da noite o teu corpo incendeia
Possuído na areia
À beira do mar
A Roda do Infortúnio
Eu sinto a noite chegar
Bem devagar
E esse sopro gélido a me estremecer
Eu vejo a hora passar
O tempo acabar
A Roda a girar
Bem devagar
E esse sopro gélido a me estremecer
Eu vejo a hora passar
O tempo acabar
A Roda a girar
Menino Soltando Pipa
Minha mente leve voa
Como uma pipa subindo no céu
Os meus pensamentos pueris sobrevoam
Vão girando como um carrossel
Como uma pipa subindo no céu
Os meus pensamentos pueris sobrevoam
Vão girando como um carrossel
O Terceiro Olho
Preciso ver o que, com os olhos, não posso ver
O que há além deste mar?
Conseguirei enxergar?
Se eu olhar de um jeito diferente
Por uma outra vertente
Descobrirei novas possibilidades
E infinitas realidades
Cada uma num universo perfeitamente plausível
Que só se torna visível
Com os olhos fechados e a mente aberta.
O que há além deste mar?
Conseguirei enxergar?
Se eu olhar de um jeito diferente
Por uma outra vertente
Descobrirei novas possibilidades
E infinitas realidades
Cada uma num universo perfeitamente plausível
Que só se torna visível
Com os olhos fechados e a mente aberta.
Em Casa Falo De Amor, Aqui Na Tua Só Falo
Olhe nos meu olhos
Eles não mentem
Verás como eles demonstram
O que meu coração sente
Não precisarás ouvir uma só palavra
Bastará que te deixes envolver
Pelos encantos que jogo em ti
Tal qual uma serpente,deixar-te-ei em transe
Inerte, acolhida em meus braços
Envolver-me-ei em teu corpo indefeso
Passarei minha língua bífida em teus alvos seios
Sorvendo em teu corpo a essência da luxúria
Com calma demasiada
Aloco meu falo na escura gruta
Dando início a movimentos frenéticos
Entre as interjeições de dor
As juras incompreensíveis de amor eterno
Amor eterno que chega ao fim quando o gozo explode
Satisfeito, voltarei aos braços frígidos de minha mulher
E quando eu precisar, estarei aqui novamente
Eles não mentem
Verás como eles demonstram
O que meu coração sente
Não precisarás ouvir uma só palavra
Bastará que te deixes envolver
Pelos encantos que jogo em ti
Tal qual uma serpente,deixar-te-ei em transe
Inerte, acolhida em meus braços
Envolver-me-ei em teu corpo indefeso
Passarei minha língua bífida em teus alvos seios
Sorvendo em teu corpo a essência da luxúria
Com calma demasiada
Aloco meu falo na escura gruta
Dando início a movimentos frenéticos
Entre as interjeições de dor
As juras incompreensíveis de amor eterno
Amor eterno que chega ao fim quando o gozo explode
Satisfeito, voltarei aos braços frígidos de minha mulher
E quando eu precisar, estarei aqui novamente
Sem Mais Delongas
O teu corpo é pra mim
A mais perfeita obra divina
O teu perfume de jasmim
Me entorpece e me alucina
Os teus lábios de cetim
A tua pureza de menina
Tua beleza não tem fim
Vem dar pra mim!
Dane-se a rima!
A mais perfeita obra divina
O teu perfume de jasmim
Me entorpece e me alucina
Os teus lábios de cetim
A tua pureza de menina
Tua beleza não tem fim
Vem dar pra mim!
Dane-se a rima!
Quando a Chama se Apagar
Quando a chama se apagar
E a luz do quarto se esvair
Só me resta te beijar
E o teu corpo possuir
Tuas vestes vou tirar
Com vontade desmedida
Em teu ouvido sussurrar
“Serei teu por toda a vida!”
Quando o ato se encerrar
E nosso prazer for suprido
Em teu seio vou deitar
O meu corpo esmaecido
E a luz do quarto se esvair
Só me resta te beijar
E o teu corpo possuir
Tuas vestes vou tirar
Com vontade desmedida
Em teu ouvido sussurrar
“Serei teu por toda a vida!”
Quando o ato se encerrar
E nosso prazer for suprido
Em teu seio vou deitar
O meu corpo esmaecido
Embaixo dos Lençóis
Embaixo dos lençóis
Nossos corpos despidos
E acima de nós
Nosso amor refletido
O silêncio algoz
Cede lugar aos gemidos
É a explosão de mil sóis
Quando estamos fundidos
Nossos corpos despidos
E acima de nós
Nosso amor refletido
O silêncio algoz
Cede lugar aos gemidos
É a explosão de mil sóis
Quando estamos fundidos
Até Lá
Não quero em vão falar
O que você não vai ouvir
Já me cansei de delirar
Juras de amor por ti
Eu errei por me entregar
Por mostrar que era só teu
Foi um sonho imaginar
Que o teu amor era só meu
E se um dia tudo mudar
E me amar de verdade
Só espero que até lá
Já não seja tão tarde
O que você não vai ouvir
Já me cansei de delirar
Juras de amor por ti
Eu errei por me entregar
Por mostrar que era só teu
Foi um sonho imaginar
Que o teu amor era só meu
E se um dia tudo mudar
E me amar de verdade
Só espero que até lá
Já não seja tão tarde
Salto Mortal
Vou me jogar daqui
Cair neste abismo
Na dúvida submergir
Num ato de heroísmo
Com forças que eu não sei
De onde vou tirar
Ao desconhecido me entreguei
Com a ânsia de acertar
Cair neste abismo
Na dúvida submergir
Num ato de heroísmo
Com forças que eu não sei
De onde vou tirar
Ao desconhecido me entreguei
Com a ânsia de acertar
Ataque Vampírico
A adrenalina é liberada
A carne frágil perfurada
O fluido rubro é jorrado
O rosto pálido é manchado
A maldição é repassada
A mesma sede compartida
E pela pele violada
A morte-vida adquirida
A carne frágil perfurada
O fluido rubro é jorrado
O rosto pálido é manchado
A maldição é repassada
A mesma sede compartida
E pela pele violada
A morte-vida adquirida
Volúpia Incontida
Quero te ter invadindo o meu ser
Me possuindo com inefável prazer
Me inebriando com tua lascívia animal
Me penetrando com teu olhar sensual
Entregue a ti e sem forças para resistir
Na tua cama, como uma presa abatida
Me subjugue, faço o que me pedir
Derrame em mim tua volúpia incontida
Me possuindo com inefável prazer
Me inebriando com tua lascívia animal
Me penetrando com teu olhar sensual
Entregue a ti e sem forças para resistir
Na tua cama, como uma presa abatida
Me subjugue, faço o que me pedir
Derrame em mim tua volúpia incontida
La Petite Mort
Fecho os olhos e te vejo
Perdida em meus pensamentos
És minha fonte de desejo
És o maior dos meus intentos
Anseio o teu corpo desnudo
A tua beleza revelada
Que será meu objeto de estudo
Que será minha perfeita morada
Teremos noites sublimes de amor
Ao som de suspiros e gemidos
Nossos poros irradiando calor
Na tangência dos corpos unidos
Quando não for possível conter
A explosão da libido pulsante
Vamos num segundo então morrer
E reviver no mesmo instante
Perdida em meus pensamentos
És minha fonte de desejo
És o maior dos meus intentos
Anseio o teu corpo desnudo
A tua beleza revelada
Que será meu objeto de estudo
Que será minha perfeita morada
Teremos noites sublimes de amor
Ao som de suspiros e gemidos
Nossos poros irradiando calor
Na tangência dos corpos unidos
Quando não for possível conter
A explosão da libido pulsante
Vamos num segundo então morrer
E reviver no mesmo instante
Da Primeira Vez
Em cada carícia que eu fizer
Em cada beijo que eu te der
Será intensa nossa paixão
Será a perfeita conjunção
Vou penetrar tua inocência
Admirar tua florescência
Quero provar da tua essência
Ser a razão da tua existência
Vou te levar ao firmamento
E se quiser ficamos lá
Eternizando este momento
Vem em meus braços repousar
Em cada beijo que eu te der
Será intensa nossa paixão
Será a perfeita conjunção
Vou penetrar tua inocência
Admirar tua florescência
Quero provar da tua essência
Ser a razão da tua existência
Vou te levar ao firmamento
E se quiser ficamos lá
Eternizando este momento
Vem em meus braços repousar
Quando a Primavera Chegar
É noite de lua nova ou, como minha falecida avó costumava dizer, noite de lua negra. Lembro-me bem quando ela me recomendava que evitasse ao máximo sair de casa durante essas noites. Nunca acreditei nesse tipo de coisa. Achava que ela só queria me amedrontar para que eu não saísse à noite. Ela sempre foi muito superprotetora.
No dia de sua morte, antes de sofrer o ataque cardíaco, ela foi ao meu quarto e me entregou um cordão que nunca havia tirado de seu pescoço até aquele dia. Ela me explicou que era um pentagrama, uma estrela de cinco pontas. Não entendi naquele momento o motivo para ela me dar aquilo, mas aceitei sem questionar nada. Eu chorei muito a sua morte. Ela era como uma mãe para mim, a mãe que nunca tive...
Dias após sua ida, revirando suas coisas, encontrei um livro bem antigo. Curiosa, comecei a folheá-lo, tentando ler o que estava escrito, mas para minha frustração estava em uma língua ou código que eu não conhecia. Mas, na última página, havia algo que consegui entender “Quando a primavera chegar, o que está oculto irá se revelar”.
Aquelas palavras deixaram-me muito intrigada por semanas. Depois de um tempo, havia me esquecido completamente disso, até que um dia tive um sonho. Nele minha avó e eu corríamos por campos floridos, extasiadas pelo cantar dos pássaros. No sonho, ela me dizia para tentar ler o livro novamente assim que a primavera chegasse.
A primavera está chegando e eu já posso sentir. Apesar da escuridão dessa noite, não sinto medo algum. A brisa é tão reconfortante que até parece os braços dela me envolvendo nas noites frias...
Abro o livro e aquelas palavras que antes pareciam estranhas para mim agora faziam todo o sentido. Nas páginas velhas, castigadas pelo tempo, as suas memórias que passavam no meu pensamento como um filme. Tudo o que li me encheu tanto de vida, que não me sentia mais a mesma.
Na última página, para a minha surpresa, ela relatava em detalhes tudo o que aconteceu no último dia de sua vida. Segundo ela, aquele cordão que havia me dado de presente serviria para me proteger de todos os males que iria enfrentar. De alguma forma ela sabia que ia morrer, mesmo assim, em face da morte, mostrou-me que não iria me abandonar, que estaria ao meu lado sempre.
Nas últimas linhas ela escreveu assim ''Minha menina querida, agora será sua vez de escrever a sua história neste livro. Te amo e continuarei te amando por toda a eternidade”.
Não pude conter as lágrimas. Uma delas, quase que por capricho do destino, cai no livro manchando-o, deixando incompreensível o que eu havia acabado de ler. De repente, as palavras começam a se deformar como se ali estivesse sendo pintado um quadro surrealista. As páginas vão se tornando brancas e límpidas novamente e tudo o que estava escrito desaparece.
Tudo parece tão claro agora. Mesmo sem entender o que havia acabado de acontecer, eu sabia o que tinha que fazer. Era a minha vez de escrever minhas memórias naquele livro e certamente serão todas dedicadas a minha eterna mãezinha.
No dia de sua morte, antes de sofrer o ataque cardíaco, ela foi ao meu quarto e me entregou um cordão que nunca havia tirado de seu pescoço até aquele dia. Ela me explicou que era um pentagrama, uma estrela de cinco pontas. Não entendi naquele momento o motivo para ela me dar aquilo, mas aceitei sem questionar nada. Eu chorei muito a sua morte. Ela era como uma mãe para mim, a mãe que nunca tive...
Dias após sua ida, revirando suas coisas, encontrei um livro bem antigo. Curiosa, comecei a folheá-lo, tentando ler o que estava escrito, mas para minha frustração estava em uma língua ou código que eu não conhecia. Mas, na última página, havia algo que consegui entender “Quando a primavera chegar, o que está oculto irá se revelar”.
Aquelas palavras deixaram-me muito intrigada por semanas. Depois de um tempo, havia me esquecido completamente disso, até que um dia tive um sonho. Nele minha avó e eu corríamos por campos floridos, extasiadas pelo cantar dos pássaros. No sonho, ela me dizia para tentar ler o livro novamente assim que a primavera chegasse.
A primavera está chegando e eu já posso sentir. Apesar da escuridão dessa noite, não sinto medo algum. A brisa é tão reconfortante que até parece os braços dela me envolvendo nas noites frias...
Abro o livro e aquelas palavras que antes pareciam estranhas para mim agora faziam todo o sentido. Nas páginas velhas, castigadas pelo tempo, as suas memórias que passavam no meu pensamento como um filme. Tudo o que li me encheu tanto de vida, que não me sentia mais a mesma.
Na última página, para a minha surpresa, ela relatava em detalhes tudo o que aconteceu no último dia de sua vida. Segundo ela, aquele cordão que havia me dado de presente serviria para me proteger de todos os males que iria enfrentar. De alguma forma ela sabia que ia morrer, mesmo assim, em face da morte, mostrou-me que não iria me abandonar, que estaria ao meu lado sempre.
Nas últimas linhas ela escreveu assim ''Minha menina querida, agora será sua vez de escrever a sua história neste livro. Te amo e continuarei te amando por toda a eternidade”.
Não pude conter as lágrimas. Uma delas, quase que por capricho do destino, cai no livro manchando-o, deixando incompreensível o que eu havia acabado de ler. De repente, as palavras começam a se deformar como se ali estivesse sendo pintado um quadro surrealista. As páginas vão se tornando brancas e límpidas novamente e tudo o que estava escrito desaparece.
Tudo parece tão claro agora. Mesmo sem entender o que havia acabado de acontecer, eu sabia o que tinha que fazer. Era a minha vez de escrever minhas memórias naquele livro e certamente serão todas dedicadas a minha eterna mãezinha.
Até o Alvorecer
Quero sentir seu amor
Inundando o meu ser
Quero por ti viver
Quero por ti morrer
Em cada toque
Sentir o meu corpo arder
Quero ver florescer
Nos olhos teu prazer
Em cada beijo
Eu quero ver nascer
Versos de amor
Em que só há você
Em teus suspiros
Vou me embevecer
Entrar em êxtase, entorpecer
No final quero amar você
Em cada curva
Quero me perder
Sentir-me teu
Até o alvorecer
Inundando o meu ser
Quero por ti viver
Quero por ti morrer
Em cada toque
Sentir o meu corpo arder
Quero ver florescer
Nos olhos teu prazer
Em cada beijo
Eu quero ver nascer
Versos de amor
Em que só há você
Em teus suspiros
Vou me embevecer
Entrar em êxtase, entorpecer
No final quero amar você
Em cada curva
Quero me perder
Sentir-me teu
Até o alvorecer
Rio-Mar
O teu beijo enlouquece
E me faz flutuar
O teu corpo me aquece
E me incita a te amar
Como um rio eu me perco
A caminho do mar
No oceano, sem medo
Vou meu mundo afundar
E me faz flutuar
O teu corpo me aquece
E me incita a te amar
Como um rio eu me perco
A caminho do mar
No oceano, sem medo
Vou meu mundo afundar
O Meu Amor em Quatro Versos
Preciso tanto te dizer
Que amo tanto amar você
Que o tempo passa e nem se vê
Pois o que me importa é amar você
Que amo tanto amar você
Que o tempo passa e nem se vê
Pois o que me importa é amar você
Não há Palavras
O que é o Amor?
Eu não sei dizer
Palavras não são capazes de descrever
O que é Amar?
Só sabe quem sentiu o Amor
Palavras não são capazes de explicar
O que sinto por ti?
Eu não sei como definir
Palavras não são capazes de traduzir
O que sinto por você?
É tão difícil de entender
Palavras não são capazes de responder
Eu não sei dizer
Palavras não são capazes de descrever
O que é Amar?
Só sabe quem sentiu o Amor
Palavras não são capazes de explicar
O que sinto por ti?
Eu não sei como definir
Palavras não são capazes de traduzir
O que sinto por você?
É tão difícil de entender
Palavras não são capazes de responder
Minha Rainha
Sempre que te vejo
Mais te amo e te desejo
És tu, ó rainha
Dona d'alma minha
Pisa-me sem dó
Dor não há maior
Uma estrela és
Nem chego a seus pés
Olhe para mim
Flor do meu jardim
Chegarei ao fim
Se não vens enfim
O tempo que for
Eu hei de te amar
E sempre a te por
No céu a brilhar
Mais te amo e te desejo
És tu, ó rainha
Dona d'alma minha
Pisa-me sem dó
Dor não há maior
Uma estrela és
Nem chego a seus pés
Olhe para mim
Flor do meu jardim
Chegarei ao fim
Se não vens enfim
O tempo que for
Eu hei de te amar
E sempre a te por
No céu a brilhar
Peço-te Perdão...
Eu sei que errei...
E o tempo que não pede licença para passar
Não me deixa esquecer o passado e tentar recomeçar
Como se o derradeiro dia nunca tivesse amanhecido
Era o meu intento a fortaleza
E que eu pudesse extirpar do meu âmago
A sensação lastimosa da ausência
Da tua ausência...
Eu sei que é impossível
Esquecer que se amou
Que se ama...
Porque tu és presença constante em meus acessos de nostalgia
Porque tu és parte integrante que sem eu nada seria
Por isso, perdoa-me!
Não me condenes por ter sido tão cretino
Por isso, ama-me!
Pois só teu amor é capaz de me salvar de mim mesmo
E o tempo que não pede licença para passar
Não me deixa esquecer o passado e tentar recomeçar
Como se o derradeiro dia nunca tivesse amanhecido
Era o meu intento a fortaleza
E que eu pudesse extirpar do meu âmago
A sensação lastimosa da ausência
Da tua ausência...
Eu sei que é impossível
Esquecer que se amou
Que se ama...
Porque tu és presença constante em meus acessos de nostalgia
Porque tu és parte integrante que sem eu nada seria
Por isso, perdoa-me!
Não me condenes por ter sido tão cretino
Por isso, ama-me!
Pois só teu amor é capaz de me salvar de mim mesmo
Ser Feliz
Um dia desses, refletindo sobre a minha existência e sobre muitos dos questionamentos que dela tiveram origem, percebi algo tão simples e óbvio: ser feliz é possível.
Certamente, muitos diriam tratar-se de utopia, mas fui capaz de entender que utópico mesmo era tomar essa ideia como verdade absoluta e “seguir a maré”.
Mas eu compreendo esse tipo de pensamento, até porque eu também compartilhava dele, pois numa sociedade dinâmica como a nossa é muito mais fácil deixar-se levar por opiniões pré-formadas a guiar-se por um pensamento dialético.
O cerne da questão está em estabelecer uma definição do conceito de felicidade. Se não somos capazes de defini-la, como podemos decretar ser impossível alcançá-la?
É certo que a visão que cada pessoa tem do assunto advém da maneira como cada um o vê. Se tomamos a felicidade como algo a ser alcançado, é muito provável que passemos a vida angustiados, buscando o que para nós parece ser inatingível. Por outro lado, se a enxergamos como um estado de espírito originário das mais diversas razões e, assim como todo estado de espírito, passível de mudança, somos capazes de substituir a ideia equivocada de felicidade plena pelo pensamento de que a vida é, na verdade, constituída por momentos de felicidade e momentos de infelicidade.
Essa é a nova visão que tenho a respeito do que é ser feliz. Tudo depende da maneira como decidimos ver o que se passa ao nosso redor. Por isso, abra seus olhos para o mundo e seja feliz sempre que você puder!
Certamente, muitos diriam tratar-se de utopia, mas fui capaz de entender que utópico mesmo era tomar essa ideia como verdade absoluta e “seguir a maré”.
Mas eu compreendo esse tipo de pensamento, até porque eu também compartilhava dele, pois numa sociedade dinâmica como a nossa é muito mais fácil deixar-se levar por opiniões pré-formadas a guiar-se por um pensamento dialético.
O cerne da questão está em estabelecer uma definição do conceito de felicidade. Se não somos capazes de defini-la, como podemos decretar ser impossível alcançá-la?
É certo que a visão que cada pessoa tem do assunto advém da maneira como cada um o vê. Se tomamos a felicidade como algo a ser alcançado, é muito provável que passemos a vida angustiados, buscando o que para nós parece ser inatingível. Por outro lado, se a enxergamos como um estado de espírito originário das mais diversas razões e, assim como todo estado de espírito, passível de mudança, somos capazes de substituir a ideia equivocada de felicidade plena pelo pensamento de que a vida é, na verdade, constituída por momentos de felicidade e momentos de infelicidade.
Essa é a nova visão que tenho a respeito do que é ser feliz. Tudo depende da maneira como decidimos ver o que se passa ao nosso redor. Por isso, abra seus olhos para o mundo e seja feliz sempre que você puder!
Corpo em Chamas
Quando sinto o teu cheiro
Minha alma em chamas pede por ti
É um fogo que queima o meu corpo inteiro
Desejo insano de te possuir
Teus olhos me envolvem no teu encanto
Teu beijo é o caminho para a tentação
O teu corpo a joia que quero tanto
Estou entregue, em tuas mãos
Minha alma em chamas pede por ti
É um fogo que queima o meu corpo inteiro
Desejo insano de te possuir
Teus olhos me envolvem no teu encanto
Teu beijo é o caminho para a tentação
O teu corpo a joia que quero tanto
Estou entregue, em tuas mãos
Parte de Mim
Não existem palavras suficientes
Para descrever tua beleza
Do teu amor sou dependente
E indefeso como uma presa
É um sentimento indescritível
Sem medida e sem fim
Esquecer você é impossível
Porque você já existe dentro de mim
Para descrever tua beleza
Do teu amor sou dependente
E indefeso como uma presa
É um sentimento indescritível
Sem medida e sem fim
Esquecer você é impossível
Porque você já existe dentro de mim
A Lua
Emerge a lua no horizonte
Pelas estrelas afagada
Apreciada lá do monte
Ergue-se a esfera prateada
O mar sereno refletindo
Seu esplendor extasiante
Que as nuvens passam encobrindo
Roubando a cena num instante
É tão sublime ver subindo
O manto da noite enluarado
Com raios de luz vai seduzindo
O meu coração apaixonado
Pelas estrelas afagada
Apreciada lá do monte
Ergue-se a esfera prateada
O mar sereno refletindo
Seu esplendor extasiante
Que as nuvens passam encobrindo
Roubando a cena num instante
É tão sublime ver subindo
O manto da noite enluarado
Com raios de luz vai seduzindo
O meu coração apaixonado
EuTu
O meu corpo perde-se
Em meio ao teu
O meu corpo
O teu corpo
O teu corpo e o meu
Dois corpos que se fundem
Amando-se no breu
Onde começa o Tu?
Onde começa o Eu?
Minha boca percorre
A tua pele nua
Minha mão como pena
Em teu corpo flutua
A minh'alma em mim termina
Em ti continua
Digo que sou teu
Digo que sou tua
Em meio ao teu
O meu corpo
O teu corpo
O teu corpo e o meu
Dois corpos que se fundem
Amando-se no breu
Onde começa o Tu?
Onde começa o Eu?
Minha boca percorre
A tua pele nua
Minha mão como pena
Em teu corpo flutua
A minh'alma em mim termina
Em ti continua
Digo que sou teu
Digo que sou tua
A Busca
Se procuro algo e não encontro
Talvez não esteja procurando direito
Pois todas as coisas estão em seu devido lugar
O que procuro, então, tem que estar lá.
Se procuro e não encontro
Será que o procuro realmente existe
Ou é algo que eu, sem querer, inventei
Só para que essa busca fosse sem fim?
Mas por que procuro?
Se não encontro, por que ainda assim procuro?
Deve ser porque a busca é que me move adiante
E se desisto de procurar
Não há mais razão de ser
Não há mais porque querer
Algo que se acreditaria impossível de se encontrar.
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